Por que é importante dar atenção às fraturas dos equinos?

Com o avanço da medicina veterinária, a eutanásia deixou de ser a única opção para cavalos fraturados

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Haroldo Vargas, professor do Curso CPT Enquanto o Veterinário não Chega – Atendimento a Equinos, ressalta que diariamente os cavalos são expostos a exercícios e situações que podem ocasionar fraturas que comprometam as funções do animal e, em casos extremos, que causem a morte deles.

A ortopedia equina tem sido uma especialidade veterinária cada vez mais requisitada, sobretudo por conta da gravidade que muitas fraturas apresentam. Até pouco tempo, animais que apresentavam fraturas nas pernas eram obrigatoriamente sacrificados, especialmente se fossem animais utilizados com finalidade esportiva.

Contudo, com a evolução da medicina veterinária, hoje há diversas cirurgias, métodos de imobilização e até tratamentos naturais para a cura da fratura de uma pata, por exemplo. É necessário destacar que a cura de patas quebradas é dificultada, pois os cavalos projetam muito peso nelas, seja na prática de exercícios, seja no trabalho diário – mas isso não significa que ela seja impossível.

A importância de um exame para detectar a fratura

Devido a esse caráter dificultoso de tratamento de fraturas, é imprescindível que o criador entenda que qualquer fratura é grave e exige o acompanhamento imediato de um médico veterinário. Somente esse profissional conseguirá realizar o diagnóstico e o tratamento desse problema.

Há diversos exames que podem ser empregados na detecção da fratura, como o clássico Raio X, a ultrassonografia e até a artroscopia, uma forma utilizada para tratamento de fraturas intra-articulares. A partir deles, entende-se a gravidade da fratura e determina-se qual caminho deve ser seguido para o tratamento. Ainda, a determinação da recuperação do animal passa pelo tipo de fratura que ele sofreu.

Fatores que influenciam na recuperação do animal

O tratamento de fraturas também tem uma parte ainda mais complicada, pelo fato de que os equinos são, geralmente, animais muito grandes e pesados, em comparação ao tamanho de suas pernas e cascos. Como consequência de uma pata quebrada, as outras são obrigadas a suportar um peso maior, o que pode comprometê-las também.

Ainda nesse contexto, o processo de cicatrização requer tempo e, dado que os cavalos gostam de se movimentar, há chance de que se machuquem novamente durante ele. Outro obstáculo para uma melhor recuperação são as infecções que podem ocorrer, particularmente nas fraturas expostas.

Outro entrave está relacionado à dor: ela precisa ser controlada para que os animais não sofram, mas esse controle esbarra em um impasse difícil de ser resolvido: caso o animal seja medicado em excesso e não sinta dores, pode acabar se lesionando novamente. Ao contrário, quando a lesão provoca dores muito agudas, a eutanásia se torna uma opção.

Por fim, todo o tratamento de algumas lesões corre o risco de ser caro, mas não efetivo. O cavalo pode precisar de diversos recursos, inclusive na reabilitação, que são custosos e que não garantem a cura por completo.

Meu cavalo está fraturado, e agora?

Depois do atendimento de um veterinário, é comum que os proprietários se perguntem sobre o que fazer para garantir melhor recuperação dos equinos. Três ações se configuram como importantes para tal:

- Restrição do espaço onde o animal fica, com a finalidade de evitar que ele se movimente muito ou que realize esforços que comprometam ainda mais a fratura;
- Observação do animal, para que seja possível acompanhar a evolução da fratura e/ou do tratamento e para que o veterinário possa ser informado regularmente sobre qualquer alteração “fora do normal”;
- Imobilização da lesão, o que pode ser feito com talas de madeira ou com PVC com acolchoamento de algodão ou espuma e que ajudará a prevenir outros danos no local da fratura, além de evitar a contaminação.

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Fontes: Revista Veterinária – revistaveterinaria.com.br
Portal Escola do Cavalo – escoladocavalo.com.br
Clube do Hipismo – v18.clubedohipismo.com.br