Aparelho digestivo dos equinos

Conhecer a anatomia do aparelho digestivo de cavalos é importante para auxiliá-los a ter uma boa digestão

Cavalos comendo - imagem ilustrativa

Cavalos são animais muito sensíveis e podem sofrer com diversos problemas no intestino que podem prejudicar seu desempenho e até levá-los a óbito. Para entender os possíveis distúrbios alimentícios e como evitá-los, é necessário antes conhecer as funcionalidades e particularidades do aparelho digestivo, bem como sua anatomia.

Orlando Marcelo Vendramini, professor do Curso a Distância CPT Alimentação de Cavalos, informa que qualquer problema com o manejo alimentar desses animais, por menor que seja, pode provocar distúrbios e alterar as condições de saúde do animal, sendo fundamental dar atenção a esse ponto.

Existem alguns distúrbios que podem atrapalhar o aparelho digestivo dos equinos, sendo um deles a cólica. Com o desenvolvimento da produção equina e de pesquisas na área, foi possível compreender melhor o funcionamento do aparelho digestivo desses animais. Esse sistema tem por função transformar os alimentos ingeridos em substâncias que o organismo precisa para realizar os seus processos biológicos.

Anatomia do aparelho digestivo

Os cavalos são herbívoros e apresentam no tubo digestivo segmentos ampliados que são importantes para a decomposição da celulose pelas bactérias ali alojadas. Contudo, os equinos não são ruminantes, pois não são capazes de regurgitar, isto é, trazer o alimento de volta à boca para nova mastigação, assim como os bovinos.

O canal alimentar começa na boca, que no cavalo é uma longa cavidade cilíndrica e que quando fechada fica quase toda preenchida pelas estruturas nela contidas. Na boca há os lábios, bochechas, gengivas, palato duro, assoalho da boca, língua, dentes e glândulas salivares. Em seguida, há o palato mole e a faringe, que também faz parte do aparelho respiratório, além de ser onde se encontra a glote, que coordena a passagem dos alimentos para o esôfago, evitando que eles cheguem à traqueia e aos pulmões.

O esôfago possui entre 125 e 150 cm de comprimento e se estende da faringe ao estômago, este último sendo uma grande dilatação do canal alimentar. É possível definir o estômago como um saco em formato de um 1 muito encurvado. Sua capacidade nos equinos é de 8 a 15 litros, o que não representa um tamanho muito grande.

Há, ainda, os intestinos delgado e grosso. O intestino delgado liga o estômago ao intestino grosso e possui comprimento médio de 22 metros, com capacidade de 40 a 50 litros. O intestino grosso estende-se até o ânus, com comprimento aproximado entre 7,5 e 8 metros e é dividido em ceco, cólon maior, cólon menor e reto.

O reto é a parte terminal do intestino e seu comprimento é de aproximadamente 30 centímetros. Além disso, ele se liga ao ânus, que é a parte terminal do canal alimentar e é fechado pela contração de músculos.

As glândulas digestivas

Também fazem parte do aparelho digestivo o pâncreas e o fígado, glândulas digestivas. O pâncreas é importante por secretar quase todas as enzimas necessárias para a degradação das substâncias alimentares. O fígado, por sua vez, é a maior glândula do corpo e pode pesar até 10 quilos em grandes cavalos.

 


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Fonte: Equinocultura – Equinocultura.com.br/
por Renato Rodrigues

Renato Rodrigues 23-07-2019

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