Cavalos são animais preparados para aguentar grandes cargas de trabalho. Devem ser alimentados constantemente e ter um momento de descanso entre uma atividade e outra, para não prejudicar a sua saúde. Porém, é um animal sujeito a acidentes e também suscetível a doenças, sendo fundamental estar atento a qualquer comportamento estranho dele.
O professor do Curso CPT Enquanto o Veterinário Não Chega – Atendimento a Equinos, Haroldo Vargas, alerta os criadores, dizendo que a análise e interpretação corretas do nível de problemas que acometem um animal é de grande importância. A partir disso, será possível transmitir ao Médico Veterinário, com precisão, dados que permitirão que ele avalie o nível do problema e decida qual o grau de urgência do atendimento, orientando procedimentos que poderão salvar a vida do animal ou melhorar suas condições até o atendimento, reduzindo o seu nível de sofrimento.
Como descrito por Haroldo, os primeiros socorros funcionam como um paliativo até que o veterinário chegue para poder, de fato, atender o animal. Mesmo os primeiros socorros devem ser feitos por alguém capacitado para tal.
Há dois tipos de situações que necessitam de primeiros socorros: a urgência e a emergência. Urgência diz respeito a situações clínicas, sintomas e sinais que demandam atendimento veterinário, mas que não há risco direto de morte, apesar de poder evoluir para complicações graves. Emergência, por sua vez, se refere a situações clínicas e sintomas que implicam em risco de morte iminente, necessitando de atendimento de forma imediata.
Atenção do criador
Alguns sinais merecem a atenção do criador. As cólicas do gastrointestinal são sempre situações emergenciais. Além delas, traumatismos com necessidade de sutura e afecções musculoesqueléticas graves em cavalos atletas, são exemplos de situações que demandam primeiros socorros. Ainda, acidentes com animais peçonhentos e o parto distócico, que ocorre com pouquíssima frequência, também são considerados fatores emergenciais.
Potros com até 60 dias de vida são mais sensíveis e também demonstram caráter emergencial quando apresentam um ou mais desses sintomas: mudanças no comportamento, diminuição do apetite, apatia, febre, diarreia, secreção nasal e tosse. Nessa fase inicial da vida, são mais propensos a desidratação, hipotermia e hipoglicemia, quanto mais jovens forem. Ao observar que estão há duas horas sem mamar e apáticos, deve-se considerar o caso como emergência.
Cólicas
Para animais que apresentam cólicas gastrointestinais, a primeira atitude a ser tomada deve ser a suspensão do fornecimento de qualquer tipo de alimento, cuidando do animal para evitar que se jogue no chão e role. É possível caminhar com o animal no cabresto, promovendo um estímulo peristáltico. Solicitar imediatamente a presença do médico veterinário, única pessoa que está habilitada e realizar exame clínico no animal.
Outras situações
Animais machucados, com necessidade de sutura, devem ter a ferida lavada com água fria, para diminuir o sangramento até que o veterinário possa realizar o procedimento. Em feridas com sangramento intenso, imobilize a região com ataduras para conter a perda de sangue até a chegada do profissional. Mas, fique atento! Uma simples ferida nesses animais pode evoluir para casos graves. Solicite sempre a presença de um médico veterinário para analisar a gravidade e tomar os cuidados necessários.
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Fonte: Cavalus – cavalus.com.br
por Renato Rodrigues