Doenças que afetam os equinos: conheça o tétano

O tétano é uma doença que evolui rapidamente e uma das mais letais para os equinos

Cavalo doente - imagem ilustrativa

Haroldo Vargas, professor do Curso CPT Enquanto o Veterinário Não Chega – Atendimento a Equinos, destaca que há várias doenças comuns na rotina do veterinário que cuida de cavalos que oferecem grande risco à saúde desses animais. É fundamental identificá-las e tratá-las o quanto antes para que o animal não seja prejudicado.

Dentre elas, está o tétano, uma das mais letais, chegando a matar até 80% dos animais que se contaminam com a bactéria Clostridium tetani. Até mesmo os animais que sobrevivem a essa doença sofrem com perda genética, além de demandarem gastos com veterinários e medicamentos.

Sinais clínicos do tétano

Animais doentes costumam apresentar:

- Rigidez muscular, acompanhada por tremor;
- Trismo mandibular;
- Prolapso da terceira pálpebra;
- Cauda rígida e afastada do corpo;
- Posicionamento ereto das orelhas;
- Dilatação das narinas;
- Hiperestesia.

Quando a doença já está em um estágio mais avançado, é comum que o animal sofra algumas convulsões tetânicas com sudorese e aumento de temperatura. Outros sinais clínicos também apontam um prognóstico desfavorável. O cavalo acaba indo a óbito por asfixia pois sofre uma paralisia dos músculos respiratórios.

Mais sobre o tétano

A contaminação pela bactéria pode ocorrer através de ferimentos na pele do animal ou de lesões causadas por procedimentos comuns, como é o caso do ferrageamento. O quadro infeccioso avança rapidamente, podendo apresentar paradas respiratórias em casos mais graves.

Ainda que os animais sejam curados, é comum que a grande maioria apresente sequelas no sistema locomotor.

Há alguns locais mais propensos à proliferação da bactéria: infecções do ônfalo, abscessos causados pela aplicação de injeções, infecções uterinas e feridas puntiformes nos cascos ou tecidos moles.

Diagnóstico

Quanto mais precoce for o diagnóstico, maiores são as chances de cura do animal. Não há um exame clínico que indique a contaminação pela Clostridium. Logo, o diagnóstico é feito por um médico veterinário a partir da observação dos sinais clínicos, das mudanças de comportamento e do histórico do animal.

Prevenção

A melhor forma de prevenir a contaminação pela bactéria causadora do tétano é com a vacinação anual. Além dela, garantir um manejo sanitário adequado do local onde o animal vive, evitando que ele tenha contato com as próprias fezes, por exemplo, também ajuda a reduzir as chances de contaminação.

Todos os itens de uso comuns devem ser higienizados após cada uso e qualquer medicamento ou vacina aplicada no animal deve ser feito com seringas e agulhas descartáveis. O soro antitetânico também é indicado na realização de procedimentos cirúrgicos e em traumas com feridas.

 


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Fontes: Cavalus – cavalus.com.br
Rural Pecuária – ruralpecuaria.com.br
 
por Renato Rodrigues

Renato Rodrigues 20-01-2021

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