Tipos de marchas de cavalos

As competições de marchas são comuns em nosso país

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Haroldo Vargas e Lúcia Viggiano, professores do Curso a Distância CPT Provas Equestres de Velocidade, ressaltam que a crescente procura pelo cavalo de esporte, principalmente nos grandes centros urbanos, é uma realidade. O aumento no número de competições equestres tem ocorrido em diversas modalidades.

Por conta disso, treinar cavalos para competições esportivas acaba se tornando uma excelente opção para os criadores. As competições de marchas são comuns em nosso país e exigem cavalos com os diversos tipos de andamentos.

Confira a seguir as principais marchas de cavalos:

Marcha trotada

Nesse tipo de marcha, deve-se observar o sincronismo perfeito na movimentação dos bípedes diagonais. São mínimos os tempos de suspensão, que promovem as trocas dos apoios bipedais diagonais. De forma contrária, os tempos de suspensão dos quatro cascos no ar são bem definidos, em comparação ao trote convencional. Em marchas trotadas mais cômodas, esses tempos são substituídos por tempos de apoios monopedais ou quadrupedais.

Trote

No trote, é possível perceber a sincronia perfeita no deslocamento dos bípedes diagonais, percebendo-se facilmente momentos de suspensão dos quatro cascos. Ao mesmo tempo em que o cavalo realiza o impacto dos cascos no solo, o cavaleiro sente um forte atrito vertical. Esse tipo de marcha é um andamento perfeitamente simétrico na mecânica de locomoção.

Marcha batida

Há, na marcha batida, um predomínio nos tempos de movimentação dos bípedes diagonais (elevação, avanço e apoio) em relação aos tempos de movimentação dos bípedes laterais, a dissociação entre o anterior esquerdo, na metade da fase de avanço, e o posterior direito, ao final da fase de elevação. A dissociação entre os membros diagonais tende a ser maior quanto mais cômoda for a marcha, preservando-se condições favoráveis de aprumos, treinamento e equitação.

Marcha picada

A marcha picada apresenta-se de forma contrária à forma batida. Deve-se perceber que o posterior acaba de tocar o solo, seguido pelo anterior direito. É possível perceber um apoio lateral. E, quanto maior a lateralidade, maior será a proximidade do animal com a andadura, tipo de andamento indesejável que promove sincronia entre a movimentação dos bípedes laterais. Isso provoca diversos abalos ou atritos sobre o assento do cavaleiro, sejam verticais, laterais e longitudinais.

Marcha de intermediária

Nesse tipo, a identificação de um bípede dominante é mais difícil, haja vista que a marcha de intermediária é definida pela nítida dissociação na movimentação dos bípedes diagonais e laterais. Sua característica intermediária está presente no fato de que ela é um tipo central, entre a marcha picada e a marcha batida, mantendo uma equidistância dos extremos da andadura e do trote. Também é conhecida como marcha de centro e nada mais é, na verdade, do que o passo em velocidade rápida.

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Fonte: Haras Garden – harasgarden.com.br
por Renato Rodrigues