Biotecnologia de Reprodução em Equinos

Os processos biotecnológicos de reprodução de equinos apresentam vantagens e desvantagens

Cavalos no pasto - imagem ilustrativa

Falar em criação de animais sem citar a reprodução como fator determinante é muito difícil. Esse processo se torna vital para qualquer criador que deseja expandir o número de animais criados. Graças às novas tecnologias e desenvolvimentos de técnicas inovadoras, o processo reprodutivo está facilitado, mas precisa de total atenção.

Orlando Marcelo Vendramini, do Curso a Distância CPT Reprodução de Cavalos, explica que atualmente a biotecnologia colabora para a reprodução de equinos, etapa imprescindível para a atividade e crescimento do plantel.

O manejo reprodutivo de equinos pode ocorrer através de monta ou de alguns procedimentos biotecnológicos. Entenda como ocorrem esses procedimentos, suas vantagens e desvantagens:

Inseminação artificial (IA)

A inseminação artificial é um procedimento realizado a partir da colheita de sêmen do garanhão com uso de vagina artificial. É feita uma análise da qualidade e da quantidade do sêmen recolhido, para posterior processamento do material, que será depositado no trato reprodutor da égua.

Maior número de produto por garanhão, menor risco de transmissão de doenças e acidente e a não necessidade de transporte dos animais para monta são vantagens desse procedimento. Além disso, é possível que haja descendentes até mesmo após a morte do garanhão.

Contudo, também há desvantagens, como a necessidade de mão de obra especializada, alto custo e menor índice de prenhez, pois diferentemente do sêmen à fresco, o sêmen resfriado e o congelado não são tão eficientes.

Transferência de Embrião (TE)

O procedimento da transferência de embrião ocorre quando os óvulos são fecundados no trato genital da égua doadora e nos dias 7 ou 8 pós-ovulação, os embriões são transferidos para o útero da receptora. É importante que as duas éguas tenham ciclo sincronizado, sendo necessário que a receptora ovule dois dias depois da doadora.

As vantagens do procedimento são um maior número de produtos por égua e a possibilidade de reprodução de éguas que possuem baixa habilidade materna ou incapacidade de manutenção de gestação, não havendo desgaste das doadoras ou afastamento dos esportes para o procedimento de reprodução. As desvantagens, por sua vez, dizem respeito à necessidade de mão de obra especializada e da dificuldade em sincronizar o ciclo da receptora ao da doadora.

Fertilização “in vitro” (FIV)

A fertilização “in vitro” se trata de um procedimento em que óvulo e espermatozoide são maturados e fecundados em laboratório. Contudo, os resultados da fertilização in vitro em equinos ainda são pouco conclusivos e esse tipo de reprodução apresenta alto custo e resultado ruim.

Transferência de oócito (TO)

A transferência de oócito é utilizado para éguas que não são capazes de fecundar o oócito no próprio trato reprodutivo. O procedimento também apresenta resultado ruim, principalmente quando realizado em éguas mais velhas. O índice de sucesso está abaixo de 20%, de maneira que o procedimento é realizado apenas de forma experimental.

A biotecnologia é um instrumento muito interessante para a reprodução equina. A inseminação artificial possui aceitabilidade por parte da maioria das associações de criadores das raças. Mangalarga Marchador, Quarto de milha e Crioulo são associações que aceitam o uso de biotecnologia na reprodução sem restrição.

 


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Fonte: GRUPEEQUI - www.gege.agrarias.ufpr.br
por Renato Rodrigues

Renato Rodrigues 23-07-2019

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