Dentre as diversas doenças que podem prejudicar a vida dos equinos, está a rinopneumonite, uma doença respiratória que tem como agente causador o Herpesvírus Equino. Ela pode se manifestar na forma respiratória, nervosa e abortiva, o que pode causar um enorme prejuízo para o equinocultor.
Thauan Carraro de Barros, um dos professores do Curso CPT Capacitação de Auxiliar Veterinário – Equinos e Bovinos, explica que é preciso estar atento aos sintomas dessa doença, para que o animal doente possa ser tratado o mais rapidamente e para que se evite a contaminação de outros.
Depois das doenças que afetam o sistema digestivo dos animais, a rinopneumonite é a mais incidente, podendo acometer animais de diferentes idades e raças. Sua transmissão ocorre quando há contato de animais sadios com secreções nasais infectadas, fetos abortados, placentas ou fluídos uterinos.
Vírus que causam a rinopneumonite
Os diferentes vírus causadores dessa doença podem permanecer por muito tempo no organismo dos animais, sem que sejam percebidos. Dessa forma, cavalos portadores podem contaminar o rebanho ao expelir partículas em meio à criação. É fundamental que o médico veterinário saiba interpretar os sinais clínicos e investigar as causas.
Esses são os principais tipos de Herpesvírus:
- EHV1: é o mais agressivo, pois pode provocar a rinopneumonite nas formas abortivas, nervosas, respiratórias e neonatal;
- EHV2: apesar de poder causar conjuntivite e faringite crônica, não é tão significativo;
- EHV3: não costuma provocar o aborto em éguas, mas promove o surgimento de vesículas nos órgãos genitais e causa o exantema coital;
- EHV4: um antigo subtipo 2 do EHV1, intensifica a ocorrência da forma respiratória da doença.
A propagação
Como é uma doença respiratória, é por essa via que ocorre a sua disseminação. Além disso, acessórios ou objetos contaminados também podem afetar outros animais, dado que o vírus consegue sobreviver por até 15 dias fora do animal.
Principais sintomas
- Secreção nasal serosa, que pode evoluir para mucopurulenta;
- Febre e excesso de tosse;
Diagnóstico
Por se manifestar de várias formas, a rinopneumonite pode surgir de diferentes formas, mais graves ou menos graves. Os exames feitos no animal devem ser analisados com muito cuidado, pois a doença pode ser confundida com a influenza. Análises epidemiológicas, clínicas e laboratoriais são necessárias, além da observação de lesões fetais como a icterícia, petéquias em membranas serosas e edema subcutâneo e pleural.
Tratamento e prevenção
A melhor forma de combater a rinopneumonite é evitá-la, uma vez que não possui tratamento específico. Deve-se realizar um bom programa de vacinação nos animais e, também, cuidar do manejo sanitário das instalações. Ainda, outras medidas podem ser adotadas para a prevenção:
- Separação de diferentes categorias de animais;
- Isolamento de éguas que abortaram;
- Investigação sobre a causa do aborto;
- Esvaziamento do piquete onde houve abortamento;
- Impedimento do contato de animais sadios com os sintomáticos.
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Fonte: Portal Escola do Cavalo – escoladocavalo.com.br
por Renato Rodrigues