Laminite equina: informe-se!

A laminite deve ser diagnosticada e tratada o mais rápido possível, pois pode necrosar a pata do animal

Casco de cavalo

Ao longo da história o cavalo foi um dos mais fiéis escudeiros do homem, acompanhando-o em guerras e no trabalho do campo. Com o passar dos anos, essa relação se manteve e se fortaleceu, porém o animal assumiu um papel ainda mais importante no trabalho do campo, se tornando sinônimo de força e de produtividade.

Para desempenhar seu trabalho da melhor forma possível, além de uma boa saúde, o animal precisa de que suas patas e cascos estejam em perfeitas condições, pois é nelas que ele se apoia para realizar qualquer função.

Fábio Furquim Corrêa, professor do Curso CPT Casqueamento e Ferrageamento de Equinos, explica que os cascos são uma estrutura fundamental para os cavalos, pois danificados ou frágeis fazem com que o animal perca a capacidade de desempenhar as atividades de trabalho no campo, práticas esportivas ou atividades recreativas.

A laminite é uma doença que afeta diretamente os movimentos do animal por produzir dor e inflamação em suas patas. Com isso, o sustento do seu peso e o deslocamento ficam comprometidos. Apesar de qualquer animal poder ser acometido pela laminite, algumas raças apresentam maior predisposição.

Causas da laminite

A laminite é causada principalmente por distúrbios do metabolismo dos animais e afeta o organismo como um todo, prejudicando principalmente a circulação sanguínea. Por promover a falta de sangue em algumas regiões, a laminite causa inflamações generalizadas e problemas em vários sistemas do animal, além de provocar dores e necrose nas patas.

Há também outros fatores que podem potencializar essa doença, quais sejam: manejo alimentar inadequado, cólicas, retenção de placenta, treinamentos excessivos, entre outros. O manejo inadequado é uma das principais causas da laminite, quando há exagero na quantidade de carboidratos oferecida aos animais.

Sinais da laminite

Além da dor, quando há claudicação, também é possível observar esses sinais:

- Relutância em movimentar-se;
- Aumento da sensibilidade ao pinçamento do casco;
- Pulsação da artéria digital aumentada;
- Tremores;
- Frequências cardíaca e respiratória aumentadas;
- Elevação da temperatura corporal;
- Presença de vermelhidão nas mucosas.

Em um estágio mais crônico, outros sinais podem ser observados, como a convexidade da sola, crescimento dos talões, formação de anéis transversais e concavidade da face cranial da muralha do casco.

Tratamento

Ao observar alguns dos sinais e mudanças no comportamento, é necessário levar o animal a um veterinário, que fará o diagnóstico. A partir desse diagnóstico, o veterinário apresentará a melhor forma de tratar o animal, seja com repouso, compressas de gelo, anti-inflamatórios ou outros medicamentos.

Prevenção

Como é possível observar, uma das melhores formas de evitar a laminite é promovendo uma alimentação correta. Além disso, deve-se evitar submeter o animal a cargas excessivas e trabalhos muito pesados diariamente. Também é benéfico levar o animal ao veterinário regularmente. A princípio, pode parecer uma doença “leve”, mas ela pode provocar a necrose da pata do animal e deve ser diagnosticada e tratada o mais rápido possível.

 


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Fonte: Revista Veterinária – revistaveterinaria.com.br
por Renato Rodrigues

Renato Rodrigues 09-10-2019

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