Alimentação de equinos: pastagens

Saiba a importância das pastagens para a alimentação completa dos equinos

Alimentação de equinos: pastagens    Artigo CPT


Os equinos devem receber alimentos proteicos e volumosos
, são animais de grande porte e consumem muito para garantir o balanço energético saudável que atenda aos objetivos para o qual o animal é utilizado, a alimentação é essencial para se ter animais saudáveis, afirma o professor Eduardo Vilela Vilaça Freitas do Curso CPT de Alimentação de Equinos.


• A pastagem bem manejada é a fonte de alimento de mais alta qualidade e mais baixo custo para os equinos. Nela, o próprio animal colhe a forragem, selecionando as plantas e folhas mais palatáveis e nutritivas. No entanto, nas condições da maior parte do território brasileiro, especialmente nas regiões Sudeste e Centro-Oeste, parte do Nordeste e do Sul, a produção de forragem das pastagens é estacional, em função da ocorrência de uma estação seca e do inverno.

Nessas épocas, devido à falta de umidade no solo e às baixas temperaturas do ambiente, o crescimento das plantas é muito baixo ou mesmo não ocorre, determinando redução da disponibilidade de forragem para o pastejo, obrigando os produtores a proverem os animais com suplementos volumosos.

• Mesmo assim, nos períodos correspondentes ao final da primavera, todo o verão e início do outono, as pastagens podem fornecer a maior parte do alimento volumoso para a criação de equinos. É importante destacar, entretanto, que existem detalhes importantes que merecem a atenção do criador de cavalos, quanto à implantação e manejo das pastagens destinadas a atender esses animais.

A escolha da espécie forrageira para a formação de pastos que serão usados por equinos para pastejo pode ser feita estrategicamente. Aspectos relacionados às condições edafoclimáticas da região da propriedade rural, do haras ou centro equestre têm de ser consideradas. Da mesma maneira, o tipo de sistema de produção e a condição de manejo têm de ser considerados.


• Mas, o fator mais importante a considerar é o hábito de crescimento da forrageira, já que a forma de pastejar dos equinos consiste na apreensão das folhas pelo lábio superior e o uso dos dentes para o corte, de forma que o corte da forrageira seja feito rente ao solo.

Além disso, os cavalos pastejam por períodos longos, por 12 a 18 horas ao dia e, para completar essa forma mais agressiva de pastejo, apresentam o hábito de correr pelo pasto, o que pode levar o pasto à degradação.

Por tudo isso, é comum ouvir dos criadores que os equinos pastejam com a boca e os cascos, fator que determina a necessidade de um bom manejo da pastagem e a escolha preferencial por espécies de gramíneas com hábito de crescimento mais rasteiro, ou seja, com propagação mais intensa por estolões e rizomas. Forrageiras que apresentam hábito de crescimento mais vertical, ou seja, cespitoso ou ereto, sofrem muito mais com a forma de ocupar as pastagens dos equinos.

• Por isso, as gramíneas de crescimento mais rasteiro, como as gramas do gênero Cynodon, têm sido preferidas na formação de pastos para cavalos, por serem menos prejudicadas pelo pastejo mais baixo, por não se apresentarem como um obstáculo à corrida dos animais e por recobrirem melhor o solo. Inclusive, o hábito de correr na pastagem determina que devem ser evitados terrenos muito acidentados para formação de pastagens para equinos.

Porém, boa parte das vezes, os pastos das propriedades rurais já estão formados, cabendo, nesse caso, uma avaliação sobre a espécie cultivada. Pastos formados com espécies do gênero Panicum, cujo hábito de crescimento é entouceirado, podem ser usados. Já pastos de braquiária devem ser evitados, por causa da baixa aceitação dessa espécie pelos equinos.


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Por Eduardo Silva Ribeiro.

Eduardo Silva Ribeiro 11-05-2022

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