Os carrapatos são os principais ectoparasitas de equinos e correspondem ao maior desafio de contingência na criação e também em relação ao plano de biosseguridade.
“O Amblyomma cajennense é o carrapato mais comum na criação de equinos”, explica Maria Gazzinelli, professora do Curso CPT Doenças de Equinos. Apresenta ciclo trioxeno, isto é, pode hospedar-se em outras espécies de animais ruminantes disseminando patógenos. Essa característica dificulta o seu controle.
Controle estratégico de ectoparasitas
Deve-se realizar sucessivos banhos carrapaticidas, a cada 7 a 10 dias, nos períodos de predominância de ninfas e larvas, com produtos com bases químicas piretroide e cipermetrina (0,015%).
Deve-se dar atenção ao pavilhão auricular na hora dos banhos, pois nesse local costuma se concentrar grande número de ectoparasitas.
Outros cuidados importantes para controle dos ectoparasitas é a separação do pasto de equinos e bovinos e a catação das fêmeas ingurgitadas.
Fêmea ingurgitada.
Para saber a dose de antiparasitário a ser administrada, deve-se pesar o animal e seguir as recomendações do fabricante.
Antiparasitários via pour on podem ser diluídos em álcool a 70% na medida de 4 x 1: quatro doses de álcool para 1 dose de antiparasitário pour on. Dessa forma, ao invés de aplicar o remédio apenas no dorso-lombo do animal, a aplicação pode ser feita em diversas partes do corpo.
Atenção:
Ao fazer a catação de carrapatos, jamais jogue os parasitas no chão. Jamais mate os carrapatos no chão. Após a catação, os carrapatos devem ser colocados em um recipiente hermético para evitar a disseminação de doenças e a contaminação do ambiente em que os vivem animais.
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Por Daniela Guimarães