O estudo da anatomia dos cavalos pode parecer algo puramente teórico, repleto de termos técnicos a serem memorizados. No entanto, para um casqueador/ferrageador, esse conhecimento torna-se essencial. É um mergulho nas entranhas do corpo equino, especialmente nos membros e cascos, que desempenha um papel crítico na prática.
Fábio Furquim Corrêa, instrutor do renomado Curso CPT Casqueamento e Ferrageamento de Equinos, esclarece que as "Regiões Zootécnicas dos membros" são nomeadas com base na estrutura óssea (Osteologia) que compõe cada uma delas. Este conhecimento é uma peça-chave na análise da conformação dos equinos, avaliando fatores como tamanho, cobertura muscular, ângulos formados e a proporção entre eles.
Portanto, a anatomia, longe de ser uma mera teoria, é uma ferramenta vital que capacita casqueadores e ferrageadores a compreenderem profundamente a estrutura dos equinos, permitindo uma atuação mais precisa e eficaz em sua prática. É um mergulho no corpo e na ciência por trás dessas incríveis criaturas.
Estruturas que compõem os membros de um equino.
Nos membros anteriores, são reconhecidas as seguintes regiões:
1. Espádua: região do osso escápula, abaixo da cernelha e acima do braço. É avaliada de perfil, observando-se a cobertura muscular e o ângulo formado com a horizontal, que deve ser, em média, de 55o, com alguma variação entre indivíduos.
2. Braço: região do osso úmero, situada entre a espádua e o codilho.
3. Codilho: situado na porção posterior do braço acima do antebraço, na extremidade da ulna.
4. Antebraço: compreende a região do osso rádio, entre o codilho e o joelho.
5. Joelho: região dos ossos cárpicos, situada entre o antebraço e a canela.
6. Canela: situa-se entre o joelho e o boleto. Na conformação correta, deve-se apresentar perpendicular ao solo, sem desvios ou saliências.
7. Boleto: região entre a canela e a quartela, que deve ser contínua à canela, sem a presença de saliências.
8. Quartela: Região da falange entre o boleto e a coroa do casco, que deve ter tamanho médio, proporcional ao membro, sem a presença de desvios laterais, com uma angulosidade paralela à paleta.
Nos membros posteriores, estão as seguintes regiões:
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Por Silvana Teixeira.