Afinal, a que se refere o termo "pé de cavalo"?

Na área da hipologia, o termo "pé do cavalo" se refere à parte final das patas dos equinos, protegida por um revestimento rígido chamado de casco

Afinal, a que se refere o termo

Na área da hipologia, o termo "pé do cavalo" se refere à parte final das patas dos equinos, protegida por um revestimento rígido chamado de casco. Esse componente é essencial para o sistema locomotor e possui duas partes distintas: uma interna, que engloba ossos, ligamentos, tendões, cartilagens, vasos sanguíneos e nervos, e uma parte externa, que é o próprio casco.

Em ambientes naturais e pastagens, os animais selvagens têm cascos bem adaptados aos terrenos e desgastam-nos naturalmente, pois o crescimento constante da substância córnea compensa esse desgaste. No entanto, para animais domesticados que frequentam estradas pavimentadas, terrenos pedregosos e areias de hipódromos e pistas, o desgaste natural não é suficiente.

Para contornar essa situação, utiliza-se a aplicação de ferraduras na superfície palmar e plantar dos cascos dos cavalos. Essas ferraduras ajudam a evitar o desgaste excessivo, proporcionam estabilidade, corrigem problemas de aprumos e auxiliam no tratamento de doenças dos pés dos equinos.

É importante ressaltar que a resistência ao desgaste do casco é relativa e depende de diversos fatores, como o tipo de trabalho realizado pelo animal, o tipo de solo em que ele transita, a dureza do casco, seu peso, velocidade de locomoção, aprumos e padrões de andamento.

Por exemplo, em passos lentos, como o passo, a parte da frente do casco, chamada de pinça, é a primeira a tocar o solo e, portanto, sofre maior desgaste. Em contrapartida, em trote e galope prolongados, os talões são os primeiros a tocar o chão, resultando em um desgaste mais significativo nessa região.

O crescimento do casco varia. Em cavalos é estimado em cerca de 8,5 cm por mês, com os talões crescendo 1 cm a mais que as pinças ao longo de um ano. Já em asininos e muares, o crescimento é mais lento, com as pinças crescendo um centímetro a mais do que os talões no mesmo período.

Cuidados inadequados com os cascos, como contusões na sola, ranilha ou corte nos bulbos dos talões, podem levar à inatividade do cavalo por longos períodos. Desgaste excessivo da muralha do casco em cavalos não ferrados pode atingir a sola e causar rachaduras na parede do casco, aumentando o risco de infecções graves.

Uma aparagem inadequada dos cascos, problemas de aprumo, má conformação do casco ou aplicação incorreta de ferraduras podem afetar o desempenho do animal, prejudicar sua saúde e até colocar sua vida em perigo. Portanto, é fundamental reconhecer a importância das patas dos cavalos e garantir que a ferradura seja aplicada corretamente, sem prejudicar suas funções naturais.

O curso "Curso CPT Casqueamento e Ferrageamento de Equinos", oferecido pelo CPT - Centro de Produções Técnicas, tem como objetivo fornecer conhecimentos práticos e acessíveis sobre a anatomia e fisiologia dos cascos dos cavalos. Isso permite aprender a realizar a aparagem adequada, aplicar ferraduras e acompanhar de perto, quando necessário, o processo de ferrageamento de seu cavalo.

O curso aborda tópicos como ferrageamento a quente e a frio, métodos de contenção para o ferrageamento, tipos de ferraduras (ordinárias, corretivas ou ortopédicas e terapêuticas) e esclarece dúvidas comuns, como a necessidade de ferragear cavalos, o momento apropriado para fazê-lo, como substituir uma ferradura, como avaliar a qualidade de uma ferradura e quais características indicam um casco bem ferrado. Também são discutidos temas como guarnição de ferraduras e o aparar das barras, proporcionando um conhecimento abrangente sobre o cuidado com os cascos dos cavalos.


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Por Silvana Teixeira.

Silvana Teixeira 21-12-2023

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