A anemia infecciosa equina (AIE) é uma doença de etiologia viral causada por um retrovírus da subfamília Lentivirinae, família Retroviridae.
A transmissão se dá a partir da transferência de sangue ou derivados sanguíneos contaminados, seja por via fômite ou por picadas de insetos, e ainda de forma intrauterina e seminal.
Os principais vetores da AIE são:
Stomoxys calcitrans (mosca do estábulo);
Chrisopus sp. (mosca do cervo);
Tabanus sp. (mosca do cavalo).
Mas afinal, como essa doença é detectada?
Primeiramente, observando os sintomas clínicos, que podemos dividir em duas fases da doença: aguda e crônica.
Na fase aguda, são observados os seguintes sintomas:
- Febre (letargia, diminuição do apetite, hipertermia);
- Alguns podem se apresentar anêmicos;
- Óbito: duas a três semanas.
Já na fase crônica observamos:
- Ciclos recorrentes de febre;
- Surgimento de novas linhagens antigênicas do vírus no animal infectado, a partir das frequentes mutações que o agente etiológico pode sofrer em suas glicoproteínas de suporte;
- Anemia severa, perda de peso, trombocitopenia, hemorragia e anorexia;
- Cerca de 90% sobrevivem a fase crônica e se tornam clinicamente normais.
Os casos inaparentes são fontes potenciais de infecção para outros equinos, por isso, a AIE é uma doença que causa muito prejuízo econômico em um rebanho.
Os casos da doença são de notificação obrigatória e é necessário diagnóstico negativo para o transporte de qualquer animal dentro do nosso país. O diagnóstico é feito por meio de soro resfriado em gelo ou IDAG ou Teste de Coggins (recomendado pelas normas para profilaxia do combate à AIE). Se positivo, o animal deve ser sacrificado ou isolado, de acordo com o regulamento da PNSE, e marcado com a letra A.
Para prevenção da doença, deve-se testar o animal antes de introduzi-lo ao plantel e não compartilhar agulhas, seringas ou objetos com vestígio de sangue entre os animais.
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Por Daniela Guimarães.