O professor do Curso CPT Reprodução de Cavalos, Orlando Marcelo Vendramini, reforça que a crescente demanda por cavalos de boa qualidade genética exige dos criadores de cavalos a adoção de novas técnicas para obtenção de animais geneticamente melhorados e em grande quantidade.
Nesse sentido, a reprodução de equinos se torna um dos pilares de qualquer criação, pois é a partir dela que o equinocultor consegue aumentar garantir um plantel de mais qualidade e maior. Para a reprodução, diversas técnicas são necessárias e fazem parte do dia a dia dos profissionais envolvidos nela.
A palpação retal
A técnica da palpação retal em equinos é extremamente comum e considerada básica para os envolvidos na reprodução equina. De forma resumida, ela consiste na introdução do braço no reto do animal, de forma a se verificar os órgãos e as estruturas que compõem o aparelho reprodutor desses animais.
A realização da palpação requer conhecimento da anatomia dos cavalos e, durante sua execução, demanda troncos de contenção, piso áspero e não escorregadio e estruturas sem pontas para que os animais não se machuquem. Ao apalpar corretamente os órgãos da fêmea, é possível identificar e analisar diversas características do trato reprodutivo dela.
Ela pode ser realizada com diversos objetivos de diagnóstico, mas, no geral, o profissional que a realiza percorre um caminho considerado “padrão”, passando:
- pelo útero;
- pelos ovários;
- pelos cornos uterinos;
- pelas tubas uterinas; e
- pelo cérvix.
Além do aparelho reprodutor, ela permite avaliar outros órgãos e estruturas que estejam na região em que as mãos alcançam, como o intestino, rins e bexigas. Todo o processo deve ser feito com segurança para ambas as partes envolvidas – a égua e o profissional – e é extremamente recomendado esvaziar a ampola retal da égua, usar luvas e gel lubrificante à base de água para introduzir o braço.
O papel da palpação retal equina
Importante para o manejo reprodutivo, a palpação também é realizada para atendimentos clínicos, para a avaliação do trato genital e para o diagnóstico gestacional de éguas. Sua utilização para garantir o sucesso da reprodução de cavalos é tão “natural”, que ela serve funcionam como uma forma de acompanhamento das éguas prenhas, permitindo saber até qual o estágio de desenvolvimento do feto.
Entretanto, por ser um exame tátil, a experiência “não visual” limita um pouco o trabalho dos profissionais envolvidos na palpação. Isso se dá porque algumas estruturas podem não estar muito definidas e porque a técnica não permite que se perceba detalhes sobre a prenhez do animal. Logo, ela vem sendo muito utilizada de forma combinada com a ultrassonografia veterinária.
- Palpação retal e ultrassonografia veterinária
A utilização da uma ultrassonografia transretal combinada com a palpação proporciona ao veterinário visualizar as estruturas internas com mais clareza. Ela mostra, quando há, alterações morfológicas e anatômicas, normais ou patológicas, dos tecidos moles ou órgãos explorados.
É essencial que esse profissional tenha conhecimento das particularidades do exame e de propriedades dos órgãos e tecidos que serão examinados. A palpação é realizada antes do exame ultrassonográfico para que os órgãos sejam reconhecidos e localizados, o que facilitará a execução da ultrassonografia.
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Fonte: Portal Escola do Cavalo – escoladocavalo.com.br
por Renato Rodrigues