Saúde animal: entenda de que forma os equinos ficam doentes

A transmissão de doenças pode ocorrer pelo contato entre animais e até pelo compartilhamento de utensílios médicos

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O professor do Curso CPT Enquanto o Veterinário Não Chega – Atendimento a Equinos, Haroldo Vargas, destaca que para garantir a saúde dos cavalos, é necessário que os criadores saibam identificar os sintomas e comunicá-los a um veterinário para que ele possa prescrever um tratamento adequado e eficiente.

Nesse contexto, entende-se que os equinos, apesar de sua força e de seu porte robusto, estão sujeitos a diversos tipos de doenças, que afetam desde situações simples do dia a dia até a saúde de forma severa, podendo, inclusive, morrer. A detecção precoce de sintomas ajuda a garantir a sobrevivência do animal e a minimizar os prejuízos que as enfermidades podem provocar.

Contudo, não menos importante do que perceber que os animais estão doentes, é importante que os equinocultores entendam como os animais podem chegar a essa situação. Cavalos oferecem risco não só a eles mesmos, como também a outros animais com os quais convive. Acompanhe a seguir uma breve explicação de como os cavalos ficam doentes:

Cavalos e a variedade de patologias

Assim como os humanos, os equinos estão sujeitos a doenças que podem ser causadas por patógenos, vírus, fungos, bactérias, parasitas e até mesmo por partículas de proteínas. Para todas elas há várias formas de transmissão:

- Contato entre cavalos

Assim como dito anteriormente, um animal que apresenta sinais clínicos que indicam a presença de alguma patologia oferecem risco aos animais com os quais convive. E isso não possui relação nenhuma com as raças, isto é, qualquer animal doente pode infectar outro cavalo sadio. Como exemplo, além das herpes viroses, também há, pelo contato, a difusão de algumas doenças sexualmente transmissíveis.

- Contato com outros animais

Outros animais também podem oferecer risco à saúde dos equinos e transmitir, por exemplo, a raiva, que é uma zoonose – ou seja, pode ser transmitida para o homem. Morcegos, raposas, gambás e lobos são os principais transmissores, mas são os primeiros da lista que, por meio de mordidas, são os mais comuns.

- Vetores

Mosquitos, moscas e carrapatos se configuram como um dos grandes desafios enfrentados pelos criadores na prevenção ao surgimento de enfermidades nos cavalos. Isso porque são considerados vetores de patologias para os equinos, como a habronemose, a babesiose e a theileriose.

- Ambiente

A limpeza e a higiene do local onde os animais vivem também contribui para preservar a sanidade da criação. Fezes dos próprios animais ou de outras espécies, água parada ou solo contaminado pela urina de outros animais são fontes de organismos patológicos que atacam os equinos.

- Pessoas e objetos envolvidos na criação

Na rotina de criação, os objetos utilizados pelos responsáveis do manejo dos animais e até mesmo essas pessoas também são transmissores de doenças em potencial. Por conta disso, os objetos utilizados em um animal devem ser higienizados antes de serem utilizados em outro, assim como pés e mãos de quem executa o manejo.

- Utensílios e aparelhos médicos

Relacionado ao tópico anterior, os utensílios domésticos, assim como os objetos de uso rotineiro, não podem ser compartilhados sem passar por uma higienização antes. No caso de utensílios médicos descartáveis, o ideal é que sejam, de fato, descartados. Alguns criadores, no intento de economizar com materiais que são utilizados por muitos animais – como seringas e agulhas –, acabam reaproveitando-os, o que os transforma em uma fonte de transmissão de doenças.

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Como Montar e Manejar um Centro Hípico – Modalidades, Instalações, Manejo Sanitário e Primeiros Socorros
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Fonte: Rodeo West – blog.rodeowest.com.br
por Renato Rodrigues