Rodeio: surgimento e modalidades

Desde 2002 a atividade esportiva é regulamentada em nosso país

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O rodeio é uma atividade esportiva considerada recente. Esse esporte surgiu nos Estados Unidos, no século XIX, que resolveram fundir alguns costumes espanhóis, incluindo a doma de animais. Com isso, surgiu o rodeio original, que foi ganhando novas formas, regras e modalidades ao longo do tempo.

Haroldo Vargas, professor do Curso CPT Como Montar e Manejar um Centro Hípico – Modalidades, Instalações, Manejo Sanitário e Primeiros Socorros, declara que há diversos eventos em nosso país que têm o rodeio como a atração principal, porém o esporte ainda divide opiniões.

No Brasil, o rodeio foi regulamentado graças a duas leis: Lei Federal nº 10.220/2001, que instituiu normas gerais relativas à atividade de peão de rodeio, equiparando-o a atleta profissional; e a Lei Federal nº 10.519/2002, que orienta a realização dos rodeios, tornando a presença de um veterinário obrigatória e proibindo o uso de esporas pontiagudas.

De acordo com a segunda lei, consideram-se rodeios de animais as atividades de montaria ou de cronometragem e as provas de laço, nas quais são avaliados a habilidade do atleta em dominar o animal com perícia e o desempenho do próprio animal.

Há várias modalidades de rodeio em nosso país, que podem ser praticadas em touros ou cavalos. Conheça algumas delas:

Sela americana

É o estilo mais tradicional de montaria, sendo o mais próximo do rodeio “original”. Quem monta segura um “cabo de cabresto” com cerca de 1,20m com apenas uma das mãos e, obrigatoriamente, deve realizar o “mark-out”, isto é, quando abrir a porteira do brete e o animal tocar com as duas patas dianteiras na arena, as esporas devem estar posicionadas na altura e em contato com o pescoço do animal. Isso é obrigatório e o competidor é eliminado caso não cumpra esse “procedimento”. Depois, as esporas são puxadas para trás e o competidor é obrigado a flexionar o joelho, na frequência do pulo do animal. Essa modalidade dura 8 segundos e a avaliação da montaria varia de 0 a 100 pontos.

Bareback

Originário dos Estados Unidos, o bareback é um estilo mais recente. Assim como na sela americana, o competidor deve executar o mark-out. A diferença está no uso de um equipamento, denominado bareback, uma alça de couro que é feita sob medida para cada competidor, posicionada na altura da cernelha do animal. O competidor monta diretamente sobre o dorso do animal. As esporas são puxadas do pescoço para o bareback, movimento que faz com que o competidor fique praticamente deitado sobre o dorso do animal. Deve-se aguentar o tempo de 8 segundos para receber a nota, que também varia de 0 a 100 pontos.

Cutiano

Praticado apenas no Brasil, esse estilo surgiu em Barretos, em 1956 e foi sofrendo alterações ao longo do tempo. Seu nome é devido ao formato arreio de um v ao contrário. O competidor deve segurar a rédea com apenas uma das mãos, enquanto a outra não pode tocar em nada. A espora deve ser puxada do pescoço para a alça do arreio na frequência do pulo do animal. Enquanto mais alta, maior será também a nota. O tempo e a pontuação são iguais aos outros dois estilos.

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Fonte: RODRIGUES, Inayber S. A atividade do Rodeio no Brasil. Disponível em: < https://inayberrodrigues.jusbrasil.com.br/artigos/155145930/a-atividade-do-rodeio-no-brasil>. Acesso em 17 de outubro de 2019.
por Renato Rodrigues