O que é o garrotilho?

Doença afeta o trato respiratório dos cavalos e precisa ser tratada para não levá-los a óbito

Cavalo doente

Haroldo Vargas, professor do Curso CPT Enquanto o Veterinário Não Chega – Atendimento a Equinos, explica que é necessário saber analisar e interpretar corretamente os sinais clínicos das diversas doenças que podem acometer os equinos, para que o tratamento seja direcionado e eficaz.

Dentre as principais doenças do trato respiratório dos equinos, está a Adenite Equina, também conhecida como garrotilho. É uma doença que requer atenção e que precisa ser tratada para evitar complicações mais sérias e até a morte do animal. Causada pela bactéria Streptococcus equi, ela causa uma inflamação mucopurulenta no trato respiratório.

Geralmente, animais mais jovens costumam ser os “preferidos” pelo garrotilho, mas não há restrição de idade para que ela apareça. A detecção dos primeiros sinais é crucial para evitar que a doença se espalhe para os outros animais.

Principais sintomas

Após 7 a 14 dias após a infecção, os animais costumam apresentar:

- febre;
- tosse;
- corrimento nasal;
- dor ao apalpar a região da mandíbula;
- aumento de volume dos linfonodos;
- resistência à ingestão de alimentos e água.

Ao se desenvolver, a bactéria pode atingir também outros linfonodos dos animais, provocando o surgimento de abscessos no pulmão, fígado, baço e até no cérebro, o que pode provocar morte por infecção generalizada se houver ruptura.

Transmissão

A transmissão do garrotilho pode ocorrer de duas formas:

Direta

Quando há contato entre um animal sadio e um infectado ou entre animais sadios e animais que já estão sendo tratados, mas possuem a bactéria sem seu organismo. Isso significa que animais infectados devem ser separados dos sadios para o tratamento.

Indireta

Quando a transmissão é feita através de objetos ou ferramentas utilizadas no manejo que estiveram em contato com os animais infectados, como o buçal, ou até estábulos e pastagens contaminadas com secreções.

Diagnóstico e tratamento

O médico veterinário é o responsável por dar o diagnóstico, a partir da observação dos sintomas, da análise da secreção nasal ou do material retirado de abscessos. A depender do estágio em que a doença se encontra, o tratamento é recomendado pelo profissional. No geral, recomenda-se compressas quentes sobre os abscessos e anti-inflamatórios em casos mais sérios.

É importante ressaltar que os animais doentes precisam ser tratados longe dos animais sadios. Geralmente, devem ficar isolados por quatro semanas. Todos os utensílios utilizados nos animais devem ser desinfectados, bem como cochos e baias.

 


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Fonte: CPT Cursos Presenciais – cptcursospresenciais.com.br
por Renato Rodrigues

Renato Rodrigues 11-02-2020

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