O que é a síndrome da exaustão equina?

Cavalos que são submetidos a trabalho excessivo podem sofrer com a síndrome da exaustão equina

Cavalo doente

Cavalos são animais criados, na maioria das vezes, para a realização de trabalhos. No entanto, muitos criadores submetem os animais a trabalhos pesados e em excesso. Isso pode acabar desencadeando uma série de problemas no animal que, além de atrapalhar seu desempenho, em casos mais graves pode levá-lo à morte.

Haroldo Vargas, professor do Curso a Distância CPT Enquanto o Veterinário Não Chega – Atendimento a Equinos, pondera que, ainda que os cavalos sejam animais fortes e que aguentem diversos tipos de serviços, é preciso respeitar o limite desses animais, além de deixá-los descansar por um período adequado.

Um dos problemas que podem ser desencadeados pelo trabalho excessivo é a síndrome da exaustão equina. Por conta das altas temperaturas, da umidade em excesso e do calor gerado na musculatura do animal, que está em trabalho contínuo, a termorregulação, responsável por regular o equilíbrio orgânico do animal, é prejudicada.

Os cavalos passam a ter dificuldade em eliminar o calor durante a realização das atividades físicas, por consequência do desequilíbrio na sua temperatura. Isso produz uma hipertermia no animal, que é o aumento da temperatura corporal dele. Os efeitos da hipertermia são intensos em tecidos e órgãos, como o cérebro, o coração, o fígado, os rins, os pulmões, os vasos sanguíneos e a musculatura esquelética, o que pode causar danos graves ao animal.

Identificação

Essa síndrome está intimamente ligada à termorregulação. Para que a termorregulação ocorra normalmente, é necessário que dois mecanismos sejam desenvolvidos: sudorese e ventilação. A sudorese é o mais importante, uma vez que a evaporação é estimulada pelo suor realizado pela pele.

Através da ventilação ocorre a respiração, comporta por inspiração e expiração. A inspiração promove a transmissão pela mucosa do trato respiratório de parte do calor do corpo para o ar. Já na expiração, parte desse calor retorna à mucosa e há uma porcentagem de condensação da água. O resultado obtido na perda de calor pelo trato respiratório é a subtração do que é inspirado pelo que é expirado.

Deficiências nesse processo e, consequentemente, na termorregulação provocam a hipertermia, com os animais manifestando esses “sintomas”:

- Stress;
- Desidratação;
- Fadiga intensa;
- Elevação da frequência cardíaca e respiratória.

Cuidados

Animais diagnosticados com síndrome de desidratação equina devem receber pequenas doses de água fresca, em intervalos regulares. Também podem receber alimentos que sejam mais fáceis de serem digeridos e necessitam observação até que se recuperem totalmente.

Também, recomenda-se não transportar o animal nas 12 a 24 horas seguintes. A alta atividade muscular está diretamente ligada ao transporte prolongado. Isso aumenta os riscos de que o animal desenvolva problemas pós-exaustão, incluindo afecções musculares severas, laminite e falência renal.

Caso algum sintoma seja percebido, o animal deve ser examinado por um profissional capacitado para que seja realizado o diagnóstico preciso e para que o tratamento adequado seja recomendado.



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Fonte: Portal Escola do Cavalo – escoladocavalo.com.br
por Renato Rodrigues

Renato Rodrigues 20-05-2019

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