A alimentação representa um fator econômico significativo na criação do cavalo. Cerca de 60% dos custos de manutenção de um cavalo são referentes a sua alimentação. A partir disso, fica fácil saber que uma correta alimentação é que vai determinar os resultados técnicos e econômicos que serão obtidos na criação desses animais.
O professor do Curso a Distância CPT Alimentação de Cavalos, Orlando Marcelo Vendramini, explica que a alimentação de cavalos deve seguir algumas regras gerais. Dentre as mais importantes, destacam-se: a administração de pequenas quantidades, várias vezes ao dia; não trabalhar o animal logo após uma ração copiosa; ter sempre água à disposição, sem se esquecer do sal e dos minerais.
Todo animal precisa diariamente de uma certa quantidade de minerais, que variam de espécie para espécie. Porém, o pasto muito raramente consegue fornecer toda a quantidade necessária. O feno e os grãos utilizados também não, sendo necessário realizar uma suplementação mineral para compensar a essa falta.
Os minerais são importantes na alimentação equina por serem responsáveis por dezenas de funções corporais diárias, a exemplo da metabolização de proteínas, gorduras e hidratos de carbono. Outrossim, além de contribuir para o bom funcionamento dos músculos, nervos e ossos, os minerais atuam no transporte de oxigênio pelo corpo e mantêm o balanceamento ácido/básico.
Podem ser divididos em duas categorias:
- Macrominerais, que são o cálcio, fósforo, sódio, cloro, potássio, magnésio e enxofre;
- Microminerais, que incluem selênio, iodo, cobre, zinco, manganês, ferro e cobalto.
Alguns devem ser consumidos sempre relacionados para que se tenha melhor aproveitamento:
Cálcio e fósforo
São fundamentais no crescimento e reparação da saúde óssea dos animais. Acabam sendo, por isso, importantíssimos na fase de crescimento e desenvolvimento de ossos e tendões de potros. A égua em fase final de gestação e lactação deve recebê-los em maior quantidade para que consiga transmiti-los ao potro na amamentação. Mas, apesar de combinados, deve-se oferecer mais cálcio do que fósforo, nunca o contrário.
Zinco e cobre
Além de melhorarem o bem-estar do animal, por regularem as reações metabólicas do estresse, também são essenciais na saúde do sistema reprodutivo, cascos e pelos dos animais, atuando, também, na manutenção da imunidade contra bactérias e vírus. Cada um também possui função individual: o zinco é parte integrante de várias enzimas, como a caboxipeptidase, que é responsável pela produção de insulina, coagulação do sangue e cicatrização de férias; ao passo que o cobre, por sua vez, também atua dando suporte à função mitocondrial, que é essencial para a produção de energia.
Cloro e sódio
Esses dois elementos, atuam ajudando a manter a pressão osmótica das células. Individualmente, o sódio associa-se à contração muscular e produção de bile, enquanto o cloro é fundamental para a digestão de proteínas. Apesar de ser possível oferecer os dois juntos, cavalos precisam de duas vezes mais sódio do que cloro. Por fim, ressalta-se que pastos e fenos costumam possuir pouca quantidade desses elementos, sendo essencial realizar a suplementação.
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Fonte: Revista Horse – revistahorse.com.br
por Renato Rodrigues