Informações importantes sobe o estrume de cavalos

A observação das fezes dos equinos ainda é um tabu, mas é importante para os criadores de cavalos

Estrume de cavalo - imagem ilustrativa

Haroldo Vargas, professor do Curso CPT Enquanto o Veterinário Não Chega – Atendimento a Equinos, destaca que quando se fala em saúde dos cavalos, muitos criadores associam a presença de alguma doença somente a partir da percepção de um ou mais sintomas físicos. Entretanto, desconhece-se a possibilidade de que os animais podem manifestá-los de outras formas, como no estrume.

Falar abertamente e se dedicar à observação e análise do estrume dos cavalos ainda é um tabu para muitos criadores, mesmo que muitos deles saibam que o interesse por esse composto é necessário para a equinocultura.

As características físicas do estrume, como a consistência e a quantidade, podem indicar presença de doenças, por exemplo, ao passo que fezes normais podem atestar um bom funcionamento do sistema digestivo.

Nesse contexto, algumas informações referentes a esse aspecto preterido pelos criadores de cavalo se fazem necessárias de serem compreendidas:

Quantidade

Um animal saudável e em boas condições de saúde consegue produzir toneladas de estrume ao ano, o que torna a limpeza do estábulo e/ou do pasto uma tarefa imprescindível na rotina de manejo. A permanência das fezes por muito tempo nesses locais provoca a produção de vapores prejudiciais à saúde e favorece o desenvolvimento de fungos, bactérias e parasitas. Geralmente, o estrume é composto por uma pilha de fezes em formato esférico, sem a presença de muita água.

Ingredientes

Em sua composição, nota-se, comumente, a presença de gramas, fibras de grãos, minerais, células de estrume, gorduras, água e areia ou cascalho. Em relação ao seu peso, 75% é por conta da água. Contudo, a depender do tipo de solo em que o feno ou grama estava crescendo, essa composição pode variar.

Adubação

A utilização do esterco de equinos para adubação de jardins e hortas é muito comum, mas recomenda-se utilizar uma composteira antes da aplicação e o envelhecimento do esterco por aproximadamente seis meses para que não queimem as folhas quando utilizados.

Contato

Muitas pessoas costumam ter “medo” de ter contato com as fezes dos equinos. De fato, não é algo totalmente agradável. Todavia, esse contato é inofensivo e quase impossível de provocar alguma doença nos seres humanos, diferentemente dos dejetos humanos e de outros animais. Ao encontrar as fezes em trilhas ou até mesmo ao pisá-las, não se preocupe por ter pisado ou tocado nelas se querer.

Cor

De acordo com os alimentos consumidos pelos equinos, o estrume pode apresentar diferentes colorações. A cor verde brilhante – quando o estrume está fresco –, indica que o animal se alimentou de grama ou de feno rico em verde muito brilhante. Ao ingerir um feno com um tom verde mais claro, a cor das fezes acompanhará essa coloração e assim por diante. Ao final, exposto ao ar livre, é eventualmente as fezes ficarão marrom.

Cheiro

O odor produzido pelas fezes dos cavalos não costuma ser tão forte quanto as fezes humanas ou de gatos e cachorros, por exemplo. Mas, quando elas apresentam um cheiro muito ruim, que foge do que estamos acostumados, é necessário investigar, pois a causa pode ser uma mudança rápida na dieta, muita gordura ou proteínas ou até a incidência de úlceras e de parasitas no organismo do animal.

 


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Fonte: Cavalus – cavalus.com.br
por Renato Rodrigues

Renato Rodrigues 18-02-2021

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