Escore corporal de equinos: como identificar?

O escore corporal é determinado a partir de um exame visual e da palpação de algumas estruturas dos equinos

Cavalo - imagem ilustrativa

Lúcia Viggiano, professora do Curso CPT Como Montar e Manejar um Centro Hípico – Modalidade, Instalações, Manejo Sanitário e Primeiros Socorros, destaca que o cavalo, além de ser um animal muito versátil, chama muito a atenção pela sua força e, também, pela sua aparência robusta.

Entretanto, para que consigam desempenhar todas as suas funções diárias, é necessário que apresentem um bom escore corporal. Essa condição é medida a partir da observação de vários aspectos do cavalo, sendo possível constatar, por exemplo, se estão magros ou obesos, sem a necessidade da utilização de aparelhos ou da realização de exames.

Como funciona a avaliação do escore corporal dos cavalos?

Em primeiro lugar, é importante reforçar que essa avaliação é feita a partir apenas da observação e da palpação da cobertura de gordura em algumas partes desses animais. A partir dos indicadores de gordura corporal, é possível estimar qual a quantidade de energia armazenada no corpo dos equinos.

Em relação às áreas apalpadas, são seis:

- Borda dorsal do pescoço;
- Cernelha;
- Costelas;
- Parte posterior das espáduas;
- Processos espinhosos lombares;
- E base da cauda.

Em propriedades onde não há balanças, o peso do animal também pode ser feito a partir de uma estimativa. O registro do peso é necessário para que estratégias nutricionais possam ser elaboradas com mais chances de efetividade e para que medicamentos possam ser prescritos para os cavalos.

Como é classificado o escore corporal dos equinos?

Há uma certa divergência entre autores sobre a variação da classificação do escore corporal de equinos e quanto à palpação realizada em algumas estruturas, como as informadas acima. No entanto, de acordo com Carrol e Huntington (1988), esse índice é determinado da seguinte forma:

0 – Muito magro

ð O pescoço se apresenta muito fino e bambo na base; nas costelas, percebe-se pele apertada e os processos espinhosos são facilmente visíveis e palpáveis; na garupa, a pelve é angular e a pele é presa, enquanto na inserção da cauda e ao lado da garupa há uma profunda cavidade.

1 – Magro

ð Pescoço fino e bambo na base; as costelas e os processos espinhosos são facilmente visíveis, enquanto a pele é apertada ao lado do dorso-lombo; as nádegas são atrofiadas, mas possuem pele flexível, ao passo que a pelve é bem definida e há uma pequena depressão na inserção da cauda.

2 – Moderado

ð Ao mesmo tempo em que o pescoço se apresenta fino, ele é firme; as costelas são visíveis, os processos espinhosos palpáveis e o dorso-lombo é bem coberto; a garupa é bem definida, apresenta alguma cobertura de gordura e é plana na inserção do lombo, com uma pequena depressão na inserção da cauda.

3 – Bom

ð O pescoço é firme e com a borda superior reta, sem nenhum acúmulo de gordura; as costelas são bem cobertas, mas apresentam facilidade na palpação; o dorso-lombo não apresenta sulco e os processos espinhosos também são cobertos, mas podem ser palpados; a garupa é coberta por gordura e arredondada, com pélvis facilmente palpável.

4 – Gordo

ð O pescoço é levemente rodado; as costelas são bem cobertas e só são palpáveis com forte pressão e o dorso-lombo apresenta um leve sulco; há acúmulo de gordura na inserção da cauda e a pélvis é coberta e não palpável.

5 – Muito gordo

ð O pescoço é rodado; as costelas são cobertas e não são palpáveis nem por forte pressão e o dorso-lombo apresenta um sulco profundo; há acúmulo de gordura na inserção da cauda, a pélvis é coberta e não palpável e a pele distendida.

 


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Fontes: DSM – dsm.com.br
Associação Brasileira dos Criadores do Cavalo Mangalarga Marchador – abccmm.org.br
CARROLL, C. L.; HUNTINGTON, P. J. Body condition scoring and weight estimation of horses. Equine Veterinary Journal, 1988. v.20, n.1, p.41-45.
por Renato Rodrigues

Renato Rodrigues 05-08-2021

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