Endometrites em equinos: diagnóstico e tratamento

A endometrite é uma inflamação que ocorre no endométrio dos equinos

Cavalo doente

A criação de cavalos vem buscando seu espaço no mercado nacional ao longo dos anos, com cada vez mais criadores dispostos a investir na atividade. Mas, criar cavalos não significa apenas comprar um e deixá-lo solto no pasto, fornecendo alimentação e água. Esses pontos também são importantes, mas é preciso estar atento a possíveis doenças que possam atingir os animais.

O professor do Curso a Distância CPT Enquanto o Veterinário não Chega – Atendimento aa Equinos, Haroldo Vargas, explica que a análise e interpretação corretas do nível de problemas que acometem um animal é de grande importância. Algumas doenças apresentam sintomas muito específicos e, conhecê-los pode ser determinante para salvar a vida do animal ou aliviar seu sofrimento. Apresentaremos nesse artigo as endometrites equinas.

Essa doença é um processo inflamatório agudo, crônico ou degenerativo do endométrio do animal, que pode ou não estar associada a agentes infecciosos. É subdividida em:

- Endometrites causadas por DSTs;
- Endometrites persistentes induzidas pela cobertura;
- Endometrites crônicas;
- E endometrites degenerativas.

Diagnóstico

O diagnóstico clínico é feito a partir de um exame externo, com a presença de secreção muco purulenta. Também pode ser auxiliado pela palpação retal, mostrando o quadro uterino do animal, que deverá apresentar-se sem tônus e com volume maior. A ultrassonografia mostra, entre outros, o acúmulo de líquido no interior do útero, o que também é importante no diagnóstico.

Outro procedimento para diagnóstico pode ser a avaliação cervical através do vaginoscópio. Essa avaliação pode acusar colo uterino aberto e relaxado, com a presença de forte hiperemia e podendo, também, acusar acúmulo de líquido no fundo do saco vaginal. O diagnóstico definitivo é obtido por meio de swab e biópsia uterina.

A idade, conformação perineal, condição corporal e utilização do cio do potro são fatores predisponentes que podem potencializar o surgimento das endometrites. Além desses, falhas nas barreiras físicas de defesa uterina, nos mecanismos imunológicos e problemas na contratilidade miometral, também podem provocar essa doença, estejam associados ou não.

Tratamento

O tratamento pode ser inciado 1h após a cobertura até 4 dias após. Consiste na lavagem uterina com solução fisiológica, infusão de antibióticos e utilização de ocitocina, sendo possível utilizar, também, plasma com leucócitos, associado à terapia com antibióticos.

O sêmen, que transporta várias bactérias e debrís celulares, tem papel determinante na endometrite, podendo causar reações inflamatórias fisiológicas. Por conta disso, a prevenção da endometrite pode ser feita a partir de um manejo correto durante a cobertura da égua, com uma limpeza bem feita da genitália externa da égua e do garanhão. Também é possível reduzir o número de coberturas.

Usar diluentes que contenham antibióticos no sêmen também ajudar a prevenir a contaminação uterina. Para águas que possuam má formação vulvar, é recomendado fechar parcialmente a vulva, o que impede a entrada de ar e de sujeiras. A partir dessas ações, é possível reduzir de forma significativa as possíveis contaminações, inflamações e, por consequência, as endometrites.



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Fonte: Portal Escola do Cavalo – escoladocavalo.com.br
por Renato Rodrigues

Renato Rodrigues 05-04-2019

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