A alimentação representa um fator econômico significativo na criação do cavalo. Cerca de 60% dos custos de manutenção de um cavalo são referentes a sua alimentação. Sabemos que uma correta alimentação é que vai determinar os resultados técnicos e econômicos que serão obtidos na criação desses animais.
É o que diz o Veterinário e professor do Curso a Distância CPT Alimentação de Cavalos, Orlando Marcelo Vendramini. Vendramini ainda acrescenta que a alimentação de cavalos deve seguir algumas regras gerais. Dentre as mais importantes, destacam-se: a administração de pequenas quantidades, várias vezes ao dia; não trabalhar o animal logo após uma ração copiosa; ter sempre água à disposição, sem se esquecer do sal, etc.
Depois perceber a importância da alimentação para a criação de cavalos, fique com essas dicas, que também podem ser tomadas como regras:
- Deixe sempre à disposição do animal água limpa e fresca;
- Ofereça, como mínimo, duas refeições ao dia para animais que trabalham mais levemente. 3 a 4 é a quantidade de vezes que você deve oferecer caso o animal trabalhe de forma mais intensa. Ofereça pouca comida, mas em várias oportunidades;
- Atente-se para o peso da comida, não para o do animal. Em outras palavras, pese e ofereça sempre apenas o suficiente;
- Anote as variações do peso do seu animal e procure um veterinário caso haja alguma dúvida ou preocupação com a sua dieta;
- Aumente a quantidade e o tipo de alimento caso julgue justificável pelo trabalho realizado pelo animal;
- Dê preferência a alimentos de alta qualidade e não ofereça rações moles ou poeirentas;
- Para não provocar problemas digestivos no animal, nunca faça uma mudança brusca na alimentação;
- Permita que o animal descanse de 2 a 3 horas após a refeição e só alimente 1 hora após finalizado o seu trabalho;
- Siga sempre horários e rotinas para a alimentação dele;
- Ofereça ao menos metade da alimentação de fibras.
Então, o que devo oferecer ao animal?
Para produzir a energia necessária para o trabalho, o alimento deve ser composto pelos seguintes elementos:
- Forragens – como é o caso de ervas, feno e silagem;
- Cereais – milho, cevada e aveia são os mais utilizados, sendo oferecidos moídos, floculados ou cozidos, para facilitar a digestibilidade;
- Fibras – encontradas na parte fibrosa da casca dos grãos de milho, tendo também a função de aumentar o volume da ração;
- Beterraba – utiliza-se o subproduto, após a extração do açúcar. Ofereça molhada para evitar problemas digestivos;
- Rações compostas – são rações que já vem prontas e com todos os elementos necessários, sendo necessário complementar apenas com forragem e água.
- Guloseimas – cenouras e maçãs são apetitosas e podem, além de despertar o interesse do animal, aumentar o volume da ração.
Cavalos mal alimentados podem apresentar algumas doenças como cólicas, laminite e azotúria. Ressaltamos que todas as informações aqui descritas não eliminam uma consulta direta com um veterinário, caso algum problema seja percebido. Esse é o único profissional capaz de avaliar e receitar dietas, bem como diagnosticar qualquer uma das alterações na saúde do animal.
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Fonte: Gestão no Campo – gestaonocampo.com.br
por Renato Rodrigues