Haroldo Vargas, professor do Curso CPT Como Montar e Manejar um Centro Hípico, ressalta que muita gente está descobrindo o prazer e a alegria que as atividades com o cavalo podem trazer. Em consequência disso, muitos centros hípicos estão surgindo no Brasil, para atender a uma grande demanda de interessados.
Nesses locais, os criadores de cavalos precisam estar atentos ao manejo diário do animal, pois essa função não é simples e demanda muita dedicação aos cavalos. Um dos processos comuns do manejo de equinos é o transporte, que precisa atender a uma série de especificações, como exigências dos órgãos reguladores e atenção às normas de segurança.
Ao serem transportados, é preciso garantir a integridade física, a saúde e a segurança dos cavalos, o que exige do criador uma série de cuidados especiais durante as viagens. Além de seguir as leis do Código de Trânsito Brasileiro, quem transporta também deve seguir as leis fiscais e sanitárias de transporte de solípedes.
Principais cuidados ao transportar cavalos
Em nosso país, esses animais são transportados, geralmente, em caminhões, carretas e trailers, via terrestre em rodovias. O transporte por vias aéreas, marítimas ou por ferrovias é pouco comum. Mas, seja qual for a opção para transportá-los, é crucial garantir o bem-estar e a segurança do animal.
- Transporte de éguas e potros
São considerados inaptos para transporte fêmeas com gestação próxima do fim, que irão parir, que tenham parido há menos de quarenta e oito horas e animais recém-nascidos sem umbigo cicatrizado. O parto é um processo delicado, e, portanto, deve-se respeitar o tempo de recuperação dos animais após ele. Ainda, o período final da gestação possui papel decisivo no desenvolvimento do potro, por isso não se deve transportar éguas nessas condições.
- Meio de transporte
A escolha do meio de transporte é importante para garantir boas condições ao animal durante a viagem. O espaço deve permitir que o animal fique de pé, em sua posição natural, sem “apertos”. Caso a viagem seja longa, o espaço também deve permitir que o animal se deite. O estresse que o transporte causa nos animais pode prejudicar sua saúde e seu desempenho, o que torna fundamental deixá-lo confortável.
- Carga viva
Apesar de ser denominado como “carga” viva, o cavalo não deve ser tratado como uma carga qualquer. No local onde ele é transportado, não deve haver outros produtos que possam prejudicar ou diminuir o espaço que o animal tem para permanecer durante a viagem.
- Veículo
O espaço do veículo em que o animal se encontra deve estar preparado para evitar que o animal, por exemplo, escorregue. Ao forrá-lo com serragem, não se deve utilizar a serragem fina, que pode prejudicar o olho do animal. Também é fundamental que o local sirva para proteger o animal de condições que causem desconforto, como temperaturas altas e insalubridade.
- Sinalização
Os veículos utilizados para tal finalidade precisam estar sinalizados, isto é, devem possuir um símbolo que indique a presença de carga viva e um sinal que indique a posição em que o animal se encontra.
- Segurança
Ao transportar animais presos, é imprescindível verificar se as amarras permitem que o animal se deite, coma e beba, caso sinta vontade, sem ser apertado. Ainda, devem ser colocadas de modo a evitar risco de estrangulamento do animal.
- Duração
O tempo também é um aspecto importante a ser considerado. Em boas condições de transporte, cavalos aguentam até 20 horas de viagem, sem paradas. Contudo, quanto mais tempo o animal viaja, mais estressado ele pode ficar.
- Embarque e desembarque
Ao colocar o animal no veículo de transporte e ao retirá-lo é vital que se verifique todas as estruturas utilizadas, bem como conter o animal de forma que não sofra lesões.
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Como Montar e Manejar um Centro Hípico – Modalidades, Instalações, Manejo Sanitário e Primeiros Socorros
Enquanto o Veterinário não Chega – Atendimento a Equinos
Aprenda a Montar e Lidar com Cavalos
Fonte: Portal Escola do Cavalo – escoladocavalo.com.br
por Renato Rodrigues